Pesquisadores australianos da Universidade de Queensland Research e do Graphene Manufacture Group (GMG) projetaram uma bateria de ions de aluminio que pode ter vida util até trez vezes mais longa que a bateria de ions de lition, além de poder carregar 60 vezes mais rápido tambem.
Segundo os desenvolvedores, as bateria de aluminio, não apresentam superaquecimento espontâneo, são mais amigaveis ao planeta, ten uma cadeia de abastecimento segura e simplicada, não necessitam de litio, logo são superior à tecnologia de bateria de íon de lítio, no que diz respeito à segurança e velocidade de carregamento.
As novas células da bateria usam a nanotecnologia para inserir átomos de alumínio dentro de minúsculas perfurações em planos de grafeno. “Ele carrega tão rápido que é basicamente um supercapacitor”, afirmou Nicol. “Ele carrega uma célula tipo moeda em menos de 10 segundos.”, pois fornecem muito mais densidade de energia do que as atuais baterias de íon-lítio, sem os problemas de resfriamento e aquecimento.

“Até agora não há problemas de temperatura. Vinte por cento de uma bateria de íon de lítio (em um veículo) é para resfriá-los. Há uma grande chance de não precisarmos desse resfriamento ou aquecimento ”, afirmou Nicol.
Vantagens
Quando uma bateria é recarregada, os íons de alumínio retornam ao eletrodo negativo e podem trocar três elétrons por íon, o que é maior que o limite de velocidade do lítio que é apenas um. Há também uma enorme vantagem geopolítica, de custo, ambiental e de reciclagem do uso de baterias de íons de alumínio, porque quase não usam materiais exóticos.
“É basicamente folha de alumínio, cloreto de alumínio (o precursor do alumínio e pode ser reciclado), líquido iônico e uréia”, disse Nicol. “Noventa por cento da produção e compra mundial de lítio ainda é feita pela China e 10% pelo Chile. Temos todo o alumínio de que precisamos aqui mesmo na Austrália, e eles podem ser feitos com segurança no primeiro mundo.”
A GMG não fechou um acordo de fornecimento com um grande fabricante ou instalação de manufatura.
Outro enorme benefício seria o custo. O lítio subiu de US $ 1.460 (cerca de R$ 8 mil reais) a tonelada métrica em 2005 para US $ 13.000 (cerca de R$ 70 mil reais) a tonelada entre 2005 e 2021, enquanto o preço do alumínio subiu de US $ 1.730 (R$ 9 mil reais) para US $ 2.078 (R$ 11 mil reais) no mesmo período.
As baterias de íon alumínio grafeno GMG não utilizam cobre, que custa em torno de US $ 8.470 ( em torno de R$ 45.000,00 reais) a tonelada.
“Ainda não estamos vinculados a grandes marcas, mas isso poderia entrar em um iPhone da Apple e carregá-lo em segundos”, confirmou Nicol.
A GMG planeja lançar células de moedas de íon de alumínio e grafeno no mercado no final deste ano ou no início do próximo, com células de bolsas automotivas planejadas para serem lançadas no início de 2024.
